A zona do Casmilo, em Condeixa-a-Nova, foi ontem palco de um simulacro em que estiveram envolvidas quatro equipas de salvamento em grande ângulo, que aproveitaram para testar as suas capacidades e treinar a actuação conjunta.
A acção foi da responsabilidade do comando distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil e contou com a participação de cerca de seis dezenas de soldados da paz, as corporações de Condeixa-a-Nova, Penela, Sapadores de Coimbra e Municipais da Figueira da Foz – todas com equipas especializadas no salvamento em grande ângulo – assim como os Bombeiros Voluntários de Soure e de Coimbra, que contribuíram com ambulâncias e equipas de socorro pré-hospitalar.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Condeixa, Fernando Gonçalves, explicou que o simulacro, que «correu muito bem», tinha como objectivo principal «realizar trabalho de conjunto entre as equipas» e perceber como seria a actuação destas num contexto em que seria necessária a colaboração e sintonia de procedimentos.

Considerando que se trata de um exercício que «tem de se repetir», pelos ensinamentos positivos que se retiram, o comandante da corporação de Condeixa salientou ainda que a acção teve a característica de treinar também a descida dos elementos que fazem o socorro ao nível da saúde.
«Poderiam ter sido elementos do INEM», explicou o responsável, revelando que esse papel ficou a cargo dos bombeiros das corporações de Soure e dos Voluntários de Coimbra.
O exercício contou ainda com a presença de dois técnicos, formadores externos da Escola Nacional de Bombeiros, que, no final, analisaram a acção para verificar a necessidade de serem feitas eventuais correcções.
O simulacro retratou um cenário de acidente rodoviário, junto à povoação de Casmilo, com queda por uma ravina, do qual resultaram seis feridos graves.

Tendo em conta que se trata de uma zona de montanha, com ravinas escarpadas, foi necessário o recurso a equipas de resgate especializadas, com o objectivo, não só, de chegar ao local, como de minimizar perdas de vidas.